Samba e Polícia

resistência e crônicas cotidianas de um olhar contra-hegemônico na cidade do Rio de Janeiro

Autores

  • Eduardo Brasil Barbosa

DOI:

https://doi.org/10.52152/heranca.v3i2.307

Palavras-chave:

Samba, Contra-hegemonia, Mídia e Cotidiano, Polícia, Rio de Janeiro

Resumo

O objetivo deste trabalho é resgatar através de três sambas produzidos em épocas distintas, a violência policial como traço comum na linguagem do sambista, como um foco de resistência e contra-hegemonia frente ao Estado. Por meio da análise crítica do discurso sobre as três composições: Delegado Chico Palha (1938), Assim não Zambi (1979) e Numa cidade muito longe daqui - Polícia e Bandido (2009) percebe-se que o samba pode ser compreendido tanto como uma espécie de crônica do cotidiano carioca, como também um produto cultural e de resistência popular em relação ao poder coercitivo do Estado exercido pela polícia. Desse modo, busca-se comprovar que o samba é um material profícuo e um corpus legítimo para a análise dessa questão. Ao refletir sobre o papel da polícia na cidade do Rio de Janeiro, a violência policial aparece como traço em comum e fio norteador desses três sambas analisados para o artigo, pois ao invés de garantir a ordem pública e mediar os conflitos, a violência policial, conforme retrada pelos sambistas, acaba por causar graves transtornos.

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Publicado

2020-12-31

Como Citar

Brasil Barbosa, E. (2020). Samba e Polícia: resistência e crônicas cotidianas de um olhar contra-hegemônico na cidade do Rio de Janeiro. Herança - Revista De História, Património E Cultura, 3(2), 064–078. https://doi.org/10.52152/heranca.v3i2.307